Caminho Través

4/5 A Travessia para Dinamarca.
Henri acordou cedo naquela manhã para aproveitar um pouco das condições climáticas calmas na aproximação às ilhas protegidas da Dinamarca.
Ele tinha vestido a roupa de tempo e sobrevivância.
Este traje tira mobilidade e é inconveniente, mas a segurança em primeiro lugar !
A visibilidade estava ruim, mas o defletor de radar estava afixado no mastro.
Era possível velejar com o ORM, e o barulho dos outros navios podia ser ouvido por grandes distâncias pelo mar.
Às dez horas o vento aumentou consideravelmente, assim como a altura das ondas.
A vela foi caçada para melhor desempenho e tentar chegar às ilhas o mais rápido possível.
Nakskov era o objetivo para aquele dia, e o ORM recebeu uma amistosa boas-vindas.
Havia uma festa acontecendo e portanto havia muito para ver.

Naskov

5/5 Logo após deixar Nakskov o vento morreu e a névoa se intensificou, enquanto o ORM estava aproando para fora da entrada do porto.
Henri por sorte notou que havia passado sem notar uma das bóias de sinalização por causa da pouca visibilidade e imediatamente parou o ORM.
Um barco Viking obviamente não tem nenhum radar ou GPS instalado, mas felizmente as balsas locais tinham.
Henri se orientou através do barulho das balsas e continuou a viagem.
Após uma hora em mar-aberto o vento aumentou e finalmente enfunando as velas, mas a visibilidade continuou muito ruim.
Não havia nenhum ponto em terra e a localização exata do barco e a profundidade eram desconhecidos, o que se provou um problema nas proximidades de Kragenas, quando o ORM navegando por águas rasas sem saber, bateu e quebrou o leme.
O leme de um barco Viking é a parte e que determina o calado da embarcação e acaba sendo a mais vulnerável e portanto é normal que se quebre primeiro quando a embarcação navega sem profundidade suficiente.
Essa foi a primeira vez que o ORM tocou o fundo, mas não a primeira em que o leme quebrou.
Por isso que o Henri sempre leva um sobressalente.
A viagem seguiu com destino a Kalvehave.
Na última perna da viagem o mar estava repleto de redes de pesca.
No começo o Henri tentou navegar entre as redes, mas elas estavam tão próximas que ele decidiu seguir direto ao destino, com a esperança de que as redes estavam mais fundas que os 1,2 metros que dão calado ao ORM.

planting of fish

6/5 As ondas muito altas e o vento muito forte forçaram adiar a travessia à Suécia.
Recebemos ajuda do chefe do porto Willy Nagel para consertar o leme quebrado.
Ele apareceu com um professor de carpinteiro que deixou Henri estupefato.
O homem pegou um pedaço de carvalho que flutuava perto do porto.
Com ferramentas muito simples como um serrote, uma plaina de mão e uma braçadeira com furadeira de mão antiga, e muita paciância, o homem fez uma peça de encaixe perfeito para fixar o leme.
Como homenagem ao carpinteiro, Henri deixou esse reparo provisório por definitivo e está até hoje instalado e funcionando.

[ ultima atualização :  22-10-2021 ]

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